sábado, 19 de maio de 2012

Figuras de Linguagem!!


Figuras de Linguagem

        São formas simbólicas ou elaboradas de exprimir idéias, significados, pensamentos etc., de maneira a conferir-lhes maior expressividade, emoção, simbolismo, no âmbito da afetividade ou da estética da linguagem.

Figuras de palavras

        Referem-se à significação das palavras, que se desvia da significação dita denotativa.


METÁFORA
Emprego de uma palavra com sentido que não lhe é comum ou próprio, sendo esse novo sentido resultante de uma relação de semelhança.
Ex.: A noite é uma enorme Esfinge de granito negro. / Lá fora.        (Quintana)

METONÍMIA
Consiste na substituição  de uma palavra por outra em razão de haver entre elas uma relação de interdependência.

a).   efeito pela causa
Conseguiu sucesso com determinação e suor.
   
  b).   o nome do autor pela obra
         Ler Guimarães Rosa é desafiante.

  c). O continente pelo conteúdo
        Você já tomou dois copos, agora chega.

d). a marca pelo produto
     Para dar brilho, use Bombril

e). o lugar pelo produto típico do lugar
         Deixou-se fotografar com um havana e um panamá.

f).  o singular pelo plural
      O baiano é amistoso e hospitaleiro.

g). a parte pelo todo
      As velas do Mucuripe vão sair para pescar.
CATACRESE
        Usada para suprir a falta de um termo específico no vocabulário corrente.
Ex.: barriga da perna; cabeça de alfinete; asa da xícara etc.

ANTONOMÁSIA
Recurso de referenciação, que emprega um nome comum em lugar de um nome próprio e vice-versa.

Ex.: O Poeta dos Escravos escreveu poemas condoreiros. (Castro Alves)
Ex.: No interrogatório, o judas apontou os companheiros da revolução. ( traidor)

Figuras de Pensamento
       
É o desvio que se dá no sentido geral da frase, no entendimento total da mensagem.

HIPÉRBOLE
        É o exagero proposital.

Ex.:  Contou um caminhão de vantagens.
        Perdeu rios de dinheiro.
        Estou morto de fome.

ANTÍTESE
É o emprego de palavras que se opõem quanto ao sentido.

Ex.: Às vezes, fazemos o mal, querendo fazer o bem.


PARADOXO
        Funde, num mesmo enunciado, elementos que se excluem mutuamente.

Ex.: Quem acha, vive se perdendo.
     
        Amor é fogo que arde sem se ver
        É ferida que dói e não se sente
        É um contentamento descontente
        É dor que desatina sem doer.       (Camões)


GRADAÇÃO
        Expressão progressiva do pensamento, numa ordem que parte da menor para a maior intensidade.
Ex.: Caminhou apressado, correu, disparou pela rua.

EUFEMISMO
        Atenuação de um fato trágico, grosseiro ou desagradável por meio de expressões consideradas mais amenas.
Ex.: O senhor está faltando com a verdade. (está mentindo)
        Partiu desta para melhor. (morreu)

IRONIA
        Afirma o oposto do que se pretende dizer, com intenção de crítica ou escárnio.
Ex.: Os políticos brasileiros são tão honestos!

PROSOPOPEIA
        Consiste em atribuir linguagem, sentimentos e ações próprias dos seres humanos a seres inanimados ou irracionais.
Ex.: O Sol beijou-lhe o rosto suavemente.

Figuras de Sintaxe
       
É o desvio estilístico que ocorre na organização sintática da frase.

ELIPSE
        Omissão de um termo que pode ser subentendido facilmente.
Ex.: Quanta perversidade no mundo!

ZEUGMA
        Omissão de um termo anteriormente expresso.
Ex.: O inocente foi preso; o culpado, solto.

SILEPSE
        É a concordância ideológica.

a). de gênero
     Deixei a  agitada São Paulo.

b). de número
     Grande parte dos eleitores não aprovaram a nova lei.

c). de pessoa
    Os que conseguimos pular fora, pulamos.

ASSÍNDETO
        Ausência ou supressão do conectivo aditivo.
Ex: Estava mudo, pálido, trêmulo, assustado.


POLISSÍNDETO
        Repetição do conectivos entre elementos coordenados.
Ex.: Foi e voltou e correu e pulou e brincou.

PLEONASMO
        Repetição de idéias.
Ex.: Vi com meus próprios olhos.

ANÁFORA
        Repetição de vocábulo no início de cada verso, frase ou membro da frase.
Ex.:  “Como caíram tantas águas,
           Nublou-se o horizonte,
           Nublou-se a floresta,
           Nublou-se o vale.”        (Meireles)

Figuras de Harmonia

O desvio ocorre na organização da camada sonora da linguagem, explorando o potencial expressivo dos fonemas.

ALITERAÇÂO
        Repetição dos sons das consoantes.

Ex.: O rato roeu a roupa do rei de Roma.

ASSONÂNCIA
        Repetição dos sons das vogais.
 Ex.: És tal e qual a nau quando ao mar alto larga.

ONOMATOPEIA
        Representação de ruídos ou sons por meio de um conjunto de fonemas.
Ex.: O tic-tac não me deixou dormir. (relógio)

PARANOMÁSIA
        É a repetição de palavras com sons semelhantes, mas com significados diferentes.
Ex.: Na terra da imprevidência, em que só tomam providências depois da porta arrombada.

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