Figuras de Linguagem
        São formas simbólicas ou elaboradas de
exprimir idéias, significados, pensamentos etc., de maneira a conferir-lhes
maior expressividade, emoção, simbolismo, no âmbito da afetividade ou da
estética da linguagem.
Figuras de palavras
        Referem-se à significação das palavras,
que se desvia da significação dita denotativa.
METÁFORA
Emprego
de uma palavra com sentido que não lhe é comum ou próprio, sendo esse novo
sentido resultante de uma relação de semelhança.
Ex.: A noite é uma
enorme Esfinge de granito negro. / Lá fora.        (Quintana)
METONÍMIA
Consiste
na substituição  de uma palavra por outra
em razão de haver entre elas uma relação de interdependência.
a).   efeito pela causa
Conseguiu
sucesso com determinação e suor.
  b).   o
nome do autor pela obra
         Ler Guimarães Rosa é desafiante.
  c). O continente pelo conteúdo
        Você já tomou dois copos, agora chega.
d). a marca pelo
produto
     Para dar brilho, use Bombril
e). o lugar pelo
produto típico do lugar
         Deixou-se fotografar com um havana e
um panamá.
f).  o singular pelo plural
      O baiano é amistoso e hospitaleiro.
g). a parte pelo todo
      As velas do Mucuripe vão sair para
pescar.
CATACRESE
        Usada para suprir a falta de um termo
específico no vocabulário corrente.
Ex.: barriga da
perna; cabeça de alfinete; asa da xícara etc.
ANTONOMÁSIA
Recurso
de referenciação, que emprega um nome comum em lugar de um nome próprio e
vice-versa.
Ex.: O Poeta dos
Escravos escreveu poemas condoreiros. (Castro Alves)
Ex.: No
interrogatório, o judas apontou os companheiros da revolução. ( traidor)
Figuras de Pensamento
É o
desvio que se dá no sentido geral da frase, no entendimento total da mensagem.
HIPÉRBOLE
        É o exagero proposital.
Ex.:  Contou um
caminhão de vantagens.
        Perdeu rios de dinheiro.
        Estou morto de fome.
ANTÍTESE
É o
emprego de palavras que se opõem quanto ao sentido.
Ex.: Às vezes,
fazemos o mal, querendo fazer o bem.
PARADOXO
        Funde, num mesmo enunciado, elementos
que se excluem mutuamente.
Ex.: Quem acha, vive
se perdendo.
        Amor é fogo que arde sem se ver
        É ferida que dói e não se sente
        É um contentamento descontente
        É dor que desatina sem doer.       (Camões)
GRADAÇÃO
        Expressão progressiva do pensamento,
numa ordem que parte da menor para a maior intensidade.
Ex.: Caminhou
apressado, correu, disparou pela rua.
EUFEMISMO
        Atenuação de um fato trágico, grosseiro
ou desagradável por meio de expressões consideradas mais amenas.
Ex.: O senhor está
faltando com a verdade. (está mentindo)
        Partiu desta para melhor. (morreu)
IRONIA
        Afirma o oposto do que se pretende
dizer, com intenção de crítica ou escárnio.
Ex.: Os políticos
brasileiros são tão honestos!
PROSOPOPEIA
        Consiste em atribuir linguagem,
sentimentos e ações próprias dos seres humanos a seres inanimados ou irracionais.
Ex.: O Sol beijou-lhe o rosto suavemente.
Figuras de Sintaxe
É o
desvio estilístico que ocorre na organização sintática da frase.
ELIPSE
        Omissão de um termo que pode ser
subentendido facilmente.
Ex.: Quanta
perversidade no mundo!
ZEUGMA
        Omissão de um termo anteriormente
expresso.
Ex.: O inocente foi
preso; o culpado, solto.
SILEPSE
        É a concordância ideológica.
a). de gênero
     Deixei a 
agitada São Paulo.
b). de número
     Grande parte dos eleitores não aprovaram a
nova lei.
c). de pessoa
    Os que conseguimos pular fora, pulamos.
ASSÍNDETO
        Ausência ou supressão do conectivo
aditivo.
Ex: Estava mudo,
pálido, trêmulo, assustado.
POLISSÍNDETO
        Repetição do conectivos entre elementos
coordenados.
Ex.: Foi e voltou e
correu e pulou e brincou.
PLEONASMO
        Repetição de idéias.
Ex.: Vi com meus
próprios olhos.
ANÁFORA
        Repetição de vocábulo no início de cada
verso, frase ou membro da frase.
Ex.:  “Como caíram tantas águas,
           Nublou-se o horizonte,
           Nublou-se a floresta,
           Nublou-se o vale.”        (Meireles)
Figuras de Harmonia
O
desvio ocorre na organização da camada sonora da linguagem, explorando o
potencial expressivo dos fonemas.
ALITERAÇÂO
        Repetição dos sons das consoantes.
Ex.: O rato roeu a
roupa do rei de Roma.
ASSONÂNCIA
        Repetição dos sons das vogais.
 Ex.: És tal e qual a nau quando ao mar alto
larga.
ONOMATOPEIA
        Representação de ruídos ou sons por meio
de um conjunto de fonemas.
Ex.: O tic-tac não me
deixou dormir. (relógio)
PARANOMÁSIA
        É a repetição de palavras com sons semelhantes,
mas com significados diferentes.
Ex.: Na terra da
imprevidência, em que só tomam providências depois da porta arrombada.
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